Relatos iniciais do DIVERSA

Sou psicopedagoga, e trabalho com três adolescentes, um com deficiência visual, outra com deficiência intelectual e outro com hiperatividade e deficit de atenção. Gosto muito do que faço, apesar das dificuldades relacionadas a materiais pedagógicos que atendam essas necessidades e principalmente, quando se fala de Ensino Médio.

Na escola onde trabalho, todos participam e colaboram para o desenvolvimento de todos alunos que são do atendimento educacional especializado (31 alunos), realizamos festas com apresentações feitas por eles. O aluno que acompanho que possui deficiência visual é um artista. Primeiro porque sua deficiência não atrapalha em nada no seu desenvolvimento escolar, ele é apaixonado por música. Então, sempre que tem um tempo livre, ele edita músicas no computador da escola que utiliza  o programa especifico (Dosvox), toca gaita pra todos os colegas da sala, compõe músicas e até toca teclado na hora do recreio para os alunos das outras salas.

No início, fiquei um pouco preocupada com algumas matérias como inglês, já que as palavras têm a escrita diferente da pronúncia, e a geografia com gráficos e mapas, mas juntos com os professores dessas disciplinas, encontramos soluções como: mapas digitalizados, onde o próprio programa lê os dados e músicas em inglês. O aluno ouve, canta e pesquisa a tradução das palavras. Ele é um adolescente que usa a sua paixão pela música como uma motivação para ir à escola, e tem dado certo, ele emociona a todos com sua alegria de saber mais a cada dia.

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