Relatos iniciais do DIVERSA

Nossa escola possui vários alunos com deficiência e já possuímos uma acessibilidade apropriada para esses estudantes. O maior problema ainda está com os alunos com deficiência física e intelectual, pois o preconceito e a falta de informação ainda são grandes, dificultando o trato com os mesmos. 

Como professora de Educação Física escolar ainda não havia nenhum conhecimento relacionado à educação inclusiva. Fiquei realmente muito perdida quando me deparei com os estudantes com deficiência, pois não tinha o conhecimento necessário para ministrar as aulas e acabava, muitas vezes, dando aulas para os alunos sem deficiência e uma aula para os estudantes com deficiência. 

Ao começar o curso e desenvolver o projeto foi como se abrisse um novo horizonte, pois pude visitar instituições e coletar informações preciosas e relevantes para ministrar as aulas e montar o meu projeto, que tem três objetivos: a informação para professores, pais e equipe administrativa pedagógica e sugestões para professores de Educação Física ministrarem suas aulas, utilizei entrevistas informais e muita leitura de artigos, sites e livros para desenvolver o projeto. 

As dificuldades foram muitas: tempo (trabalho em três turnos, mais finais de semana), não tive um apoio muito eficaz na escola e equipe pedagógica, dificuldade de patrocínio para a publicação da Cartilha Educativa, acabei utilizando recursos próprios para a diagramação da cartilha (apenas um pequeno patrocínio para dividir este custo). 

Pude contar com o incentivo de alguns parceiros: projeto Comunidade Escola, e da Coordenadoria de Atendimento às Necessidades Especiais (CANE). A mãe de meu aluno V. (deficiência física e paralisia cerebral) foi maravilhosa dando todas as informações necessárias para poder trabalhar com ele nas aulas de Educação Física. 

Foi uma experiência riquíssima, pois pude constatar que com informação e criatividade podemos incluir com muita qualidade os estudantes com deficiência. Ainda estou buscando patrocínio para a publicação da Cartilha Educativa, mas tudo que pesquisei e aprendi foi maravilhoso e espero que todos os professores, pais e equipes administrativo-pedagógica possam usufruir destas informações para acabar com o preconceito e a falta de informação que pude observar nas várias escolas onde trabalhei como professora de Educação Física.

Participante do projeto Portas abertas para a inclusão – 2013

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